Quem casa quer casa!

Alguns anos ou meses antes do sim no altar, muitos casais preocupam-se com a compra da casa própria.

Essa é uma tarefa das mais importantes e mais difíceis para os noivos, afinal significa escolher o lugar onde vão construir suas novas vidas.

Antes de comprar um imóvel usado ou novo, existem certos cuidados a serem tomados. Se você já está a procura do ninho de amor, preste atenção em dicas importantes para não transformar o sonho da casa própria em pesadelo.

Entre cuidados indispensáveis na hora de fechar o negócio, é necessário verificar se a documentação de propriedade do imóvel está devidamente regularizada, com escritura registrada em cartório, conferir também a certidão negativa de ônus do imóvel e dos proprietários e a certidão negativa de débitos do imóvel. Também é importante certifica-se de que o proprietário não está judicialmente impedido de vender o imóvel (caso de determinação judicial de indisponibilidade dos bens).Um cuidado importante é em relação às taxas.

É bom prevenir-se, pois as despesas com documentos podem chegar até 10% do valor do imóvel. Há a cobrança de taxas para a lavratura da escritura no Cartório de Ofício de Notas, o registro no cartório de Registro de Imóveis e o pagamento do imposto de transmissão de bens (ITBI).Outro ponto fundamental é a contratação de um profissional com experiência em obras para vistoriar e analisar o imóvel antes da compra.

O objetivo é verificar eventuais problemas de umidade, rachaduras, fissuras, ventilação, parte hidráulica e elétrica.

Imóveis na Planta

Quem tem condições de esperar até que a obra termine, a compra de um imóvel na planta pode ser uma boa saída para sua casa própria, mas requer mais atenção. Existem muitos compradores que se decepcionam com o imóvel depois de pronto e, muitas vezes, passá-lo adiante significa prejuízo.

Alguns cuidados na hora de examinar a planta podem evitar aborrecimentos no futuro.

Em relação à área, poucas pessoas têm condições de avaliar a diferença entre um apartamento de 100m² e outro de 120m² no papel, mas no concreto todo mundo sabe que 20m² podem significar até dois cômodos a mais.  Ao informar-se da metragem do apartamento construído, consulte se a área citada é “total” ou “útil”. Área total inclui os ambientes comuns aos moradores do prédio; área útil, também chamada de “privativa”, é onde você efetivamente viverá.

Além da planta, na qual a dimensão de cada cômodo precisa estar descrita em detalhes, toda construtora é obrigada a registrar em cartório um documento chamado memorial descritivo da obra. Ali estão anotados todos os detalhes, inclusive o material de acabamento que deverá ser utilizado na construção.

Por mais chato que pareça, é bom consultar a documentação para não ser surpreendido por azulejos e pisos de categoria inferior.Verifique se a planta não prevê pilares em excesso, rampas estreitas e vagas diminutas na garagem. Esse é um item que, além de trazer insatisfação para o morador, desvaloriza o imóvel na hora de uma venda futura.

Os quartos precisam ter privacidade e estar a certa distância da cozinha e da área de serviço. Copa, cozinha e sala podem ser interligadas. A iluminação natural também é importante. Para receber mais sol, as janelas devem estar preferencialmente voltadas para norte ou leste.O espaço de circulação tem de ser proporcional à área aproveitável do apartamento. Um corredor muito grande tira espaços que poderiam ser dos quartos ou da sala. Verifique também se as janelas dos banheiros dão para a rua ou área de serviço.Descarte plantas com banheiros sem ventilação.

Cuidado também ao comprar um apartamento ao lado de um terreno vazio. Pode surgir um “espigão” que prejudicará a vista de sua janela ou diminuirá a iluminação natural do imóvel. Avalie a região, se for para investimento em longo prazo, escolha um local que daqui a cinco ou dez anos vá crescer ou com estradas vicinais próximas.

Para Financiar

Embora os especialistas no mercado garantem que comprar à vista é melhor, pois o poder de barganha é maior, poucas pessoas têm condições de quitar a dívida de uma vez. Os financiamentos são a opção  para quem quer garantir sua casa própria.Quando procurar a instituição financeira, se possível, sempre tente encurtar o máximo que puder o prazo de seu financiamento.

Prestações mais baixas (menor valor e maior prazo) fazem com que os juros incidam sobre um saldo devedor maior e o valor final do imóvel acaba sendo bem mais alto.Mantenha uma margem de segurança. Porém, não adianta encurtar muito o financiamento do imóvel se isso significa esmagar o seu orçamento. O ideal é gastar apenas 20% da sua renda com o pagamento das prestações.

É sempre recomendável manter certa margem de segurança, para se proteger de mudanças econômicas drásticas (muito comum em países emergentes como o Brasil).

Cuidado

Há construtoras que aplicam juros retroativos no saldo devedor, na ocasião da entrega das chaves (os chamados juros no pé). Informam na compra, porém, que antes da entrega das chaves não haverá cobrança de juros. Por exemplo, uma pessoa compra um apartamento com saldo de R$ 100 mil (cálculo previsto para a entrega das chaves em um ano). A surpresa do comprador é que na entrega das chaves seu saldo devedor já está em R$ 112 mil. Isso acontece porque foram aplicados 12% ao ano sobre o saldo devedor.

Para se proteger contra esta prática, preste atenção a alguma dicas:

  1. Leia atentamente os contratos. Cuidado com os documentos nos quais a cláusula sobre juros é confusa. Procure o PROCON ou a ANM (Associação Nacional de Mutuários) que prestam assessoria a pessoas que estão prestes a fechar contrato.
  2. Guarde os folhetos promocionais que dizem que o comprador não pagará juros até a entrega das chaves. Assim, a construtora poderá ser enquadrada no Código de Defesa do Consumidor que dá proteção contra a propaganda enganosa.
  3. Peça a modificação do contrato quando as prestações após as chaves subirem de maneira desproporcional ao início do contrato, já que de acordo com o Código de Defesa do Consumidor é direito do proprietário a modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais. Procure o PROCON e a AMN para fazer revisão dos cálculos das prestações.

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